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Augusto de Campos, um mestre da poesia concreta

Vamos falar de poesia, lembrando a carreira de um dos grandes poetas brasileiros, que é um dos maiores expoentes do concretismo poético em nosso país. Hora de conhecer a obra de Augusto de Campos.

Augusto

Nascido em São Paulo no dia 14 de fevereiro de 1931, Augusto Luiz Browne de Campos iria se tornar um dos grandes poetas contemporâneos da nossa história, além de ser tradutor, músico, crítico literário e ensaísta. Augusto vem de uma família de poetas, seu irmão Haroldo de Campos também foi um dos maiores poetas brasileiros da segunda metade do século XX.

Augusto estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo. Desde novo mostrou gosto pela poesia e, aos 20 anos publicou seu primeiro livro, “O rei menos o reino”. Após a primeira experiência literária, Augusto de Campos vai publicar uma vasta obra, que inclui livros de poesia e ensaios, confira.

Poesia

– O rei menos o reino – 1951

– Poetamenos – 1953

– Antologia Noigandres – com Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Ronaldo Azeredo e José Lino Grünewald – 1962

– Linguaviagem – 1967

– Equivocábulos – 1970

– Colidouescapo – 1971

– Poemóbiles – com Julio Plaza – 1974

– Caixa preta – com Julio Plaza – 1975

– Viva vaia – 1979

– Expoemas – 1985

– Não – 1990

– Poemas – 1994

– Despoesia – 1994

– Poesia é risco – 1995

– Clip-poemas – 1997

– Anthologia – Despoesia – 2002

– Não – 2003

– Poètemoins – 2011

– Profilogramas – 2011

– Poetamenos – 2014

– Outro – 2015

Ensaios

– Revisão de Sousândrade – com Haroldo de Campos – 1964

– Teoria da poesia concreta – com Haroldo de Campos e Décio Pignatari – 1965

– Sousândrade – Poesia – com Haroldo de Campos – 1966

– Balanço da Bossa – com Brasil Rocha Brito, Julio Medaglia e Gilberto Mendes – 1968

– Guimarães Rosa em três dimensões – com Haroldo de Campos e Pedro Xisto – 1970

– Re/visão de Kilkerry – 1971

– Revistas re/vistas: os antropófagos – 1975

– Reduchamp – 1976

– Poesia antipoesia antropofagia – 1978

– Pagu: vida-obra – 1982

– À margem da margem – 1989

– Os sertões dos campos – com Haroldo de Campos – 1997

– Música de invenção – 1998

Poesia Concreta

Além de sua extensa obra literária, Augusto de Campos foi importante para a literatura brasileira pois seria um dos precursores da poesia concreta em nosso país. Em 1952 lançou, juntamente com seu irmão Haroldo e Décio Pignatari, o grupo “Noigandres”. Juntos eles lançariam uma revista com o mesmo nome, dando início ao movimento da Poesia Concreta no Brasil. O segundo número da revista, em 1955, traz vários poemas coloridos, os “Poetamenos”, escritos em 1953.

Em 1956 é um dos organizadores da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta, uma união de artes plásticas e poesia, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Em seu trabalho de criação poética, Augusto de Campos sempre utilizou recursos de artes visuais, música e publicidade, unindo palavras, sons e imagens para criar sua poesia.

Tradução

Além de escrever poesias e ensaios, Augusto de Campos de notabilizou por um grande trabalho de tradução literária e estudos críticos sobre a literatura, confira sua produção.

Traduções e estudos críticos

– Dez poemas de E. E. Cummings – 1960

– Cantares de Ezra Pound – com Décio Pignatari e Haroldo de Campos – 1960

– Panorama do Finnegans wake – com Haroldo de Campos – 1962

– Poemas de Maiakóvski – com Haroldo de Campos e B. Schnaiderman – 1967

– Poesia russa moderna – com Haroldo de Campos e B. Schnaiderman – 1968

– Traduzir e trovar – com Haroldo de Campos – 1968

– Antologia poética de Ezra Pound – com Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Mário Faustino – 1968

– ABC da literatura de Ezra Pound – com José Paulo Paes – 1970

– Mallamargem – com Décio Pignatari e Haroldo de Campos – 1971

– O tygre de William Blake – 1977

– John Donne, o dom e a danação – 1978

– Verso reverso controverso – 1979

– 20 poem(a)s – E. E. Cummings – 1979

– Mais provençais: Raimbaut e Arnaut – 1982

– Ezra Pound – Poesia – com Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Mário Faustino – 1983

– Paul Valéry – A serpente e o pensar – 1984

– John Keats: Ode a um rouxinol e Ode sobre uma urna grega – 1984

– John Cage: de segunda a um ano – 1985

– 40 poem(a)s – E. E. Cummings – 1986

– O anticrítico – 1986

– Linguaviagem – 1987

– Porta-retratos: Gertrude Stein – 1990

– Hopkins: Cristal terrível – 1991

– Pré-lua e pós-lua – 1991

– Rimbaud livre – 1992

– Irmãos Germanos – 1993

– Rilke: poesia-coisa – 1994

– Hopkins: a beleza difícil – 1997

– Poem(a)s – E. E. Cummings – 1999

– Coisas e anjos de Rilke – 2001

– Invenção: de Arnaut e Raimbaut a Dante e Cavalcanti – 2003

– Poesia da recusa – 2006

– Quase-Borges + 10 transpoemas – 2006

– Emily Dickinson – Não sou ninguém – 2008

– August Stramm: poemas-estalactites – 2008

– Byron e Keats: entreversos – 2009

– Poética de Os sertões – 2010

– Poem(a)s E. E. Cummings – 2011

– Jaguadarte – tradução do poema “Jabberwocky, de Lewis Carroll – 2014

Poesia

Confira uma pequena apresentação da poesia de Augusto de Campos.

O Vivo

Não queiras ser mais vivo do que és morto.
As sempre-vivas morrem diariamente
Pisadas por teus pés enquanto nasces.
Não queiras ser mais morto do que és vivo.
As mortas-vivas rompem as mortalhas
Miram-se umas nas outras e retornam
(Seus cabelos azuis, como arrastam o vento!)
Para amassar o pão da própria carne.
Ó vivo-morto que escarnecem as paredes,
Queres ouvir e falas.
Queres morrer e dormes.
Há muito que as espadas
Te atravessando lentamente lado a lado
Partiram tua voz. Sorris.
Queres morrer e morres.

O concretismo de sua poesia

Dono de uma ampla cultura, Augusto de Campos é um dos grandes poetas da nossa história. Expoente da cultura em nosso país foi, junto com outros poetas, o precursor do movimento concretista no Brasil, dando uma nova roupagem para a poesia na segunda metade do século XX.

Talvez não seja um dos mais badalados poetas do nosso país, mas foi um dos mais importantes pela ousadia de criar uma poesia diferente, que relacionava a palavra escrita com cores, imagens e sons. Com isso, deu uma nova perspectiva para o trabalho poético no Brasil.

Quem gosta de poesia não pode deixar de ler Augusto de Campos, é um autor brilhante!

Escritor Carlos Carvalho

Autor:

Carlos Carvalho

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Escritor Carlos Carvalho

Carlos Carvalho

Sou escritor, amante de literatura e apaixonado pelos mistérios criados por Agatha Christie. Escrevo contos, poesias e romances. Sendo o Romance Policial meu gênero literário preferido. Sou formado em Jornalismo e pós-graduado em Assessoria de Imprensa e Comunicação Empresarial.

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