Chegou a hora de mais uma dica de leitura por aqui. Então, agora vou falar de um livro da Rainha do Crime, Agatha Christie. Nossa “Dama do Mistério” escreveu mais de 80 livros de romance policial, se tornando uma das mais populares autoras do gênero em todo o mundo.
O sucesso do seu trabalho foi imenso, fazendo dela a autora mais bem sucedida da literatura universal, de acordo com o Guiness Book, que aponta que seus livros somados já venderam aproximadamente quatro bilhões de exemplares em todo o mundo. Em termos de vendagem de exemplares ela só perde para Shakespeare e para a Bíblia.
Agora vamos conhecer mais uma bela obra da autora, que vale muito a leitura, “Morte na Mesopotâmia”.
Publicado pela primeira vez em 1936, esse é um dos livros que Christie escreveu com ambientação no Oriente Médio e, também, na África, fruto de sua vivência nesses locais acompanhando seu segundo marido, Max Mallowan, que era arqueólogo e realiza expedições nestes locais. Agatha acompanhou muitos desses trabalhos do marido e aproveitou muito bem as experiências.
O livro
Esse é mais um livro cujo protagonista é o genial e carismático detetive belga Hercule Poirot. A história se passa no Iraque, antiga Mesopotâmia, e começa quando a enfermeira Amy Leatheran é contratada para fazer companhia a Louise Leidner, mulher do arqueólogo Erich Leidner, chefe de uma expedição.
Louise carrega um drama do passado, quando foi casada com um homem e descobriu que esse era espião dos alemães durante a Primeira Guerra Mundial. Denunciado por Louise ele que acabou sendo preso e condenado à morte por fuzilamento, mas acabou escapando e desapareceu sem deixar pistas. Sempre que se envolvia com outro homem Louise recebia ameaças de morte, por meio de cartas anônimas, que ela dizia terem sido escritas por seu ex-marido.
Ela acaba se casando com o Dr. Leidner e parte em uma expedição ao Iraque, em um sítio arqueológico na região de Hassanieh, quando volta a receber as cartas ameaçadoras.
Parte das pessoas da expedição acha que a mulher é paranoica e quer simplesmente chamar a atenção quando ela começa a apontar alguns fatos estranhos que passam a ocorrer. Seu marido, preocupado com a saúde mental da esposa, contrata a enfermeira Amy para acompanhá-la.
Num primeiro momento, a enfermeira chega a pensar que a mulher fosse uma viciada em drogas. Mas, com a convivência começa a mudar de opinião. Alguns dias após a chegada de Amy, Louise é assassinada de forma brutal, mostrando que as ameaças não eram um exagero. Além da brutalidade do ato, a princípio, as condições em que a mulher foi morta, tornam o caso complexo, pois aparentemente ninguém poderia ter cometido o crime.
A partir daí quem entra em cena é Hercule Poirot, que está de passagem pelo Iraque e encontra-se em uma cidade próxima. Chamado a Hassanieh, Poirot assume a investigação do assassinato, percebendo que vários dos componentes da expedição teriam motivo para assassinar Louise Leidner.
Mais uma vez desafiado a desvendar um intrincado mistério, em que o crime não parece ter muita lógica, Poirot precisa usar toda a sua perspicácia para desvendar um crime que parecia não ter solução.
O final apresentado pela autora surpreende, pela capacidade de criar um desfecho que apresenta lógica em uma história muito bem amarrada.
Mais uma obra genial
“Morte na Mesopotâmia” é mais uma genial obra escrita por Agatha Christie, que aproveitou seu fascínio pelo Oriente Médio e sua vivência naqueles ambientes, em função do trabalho de seu marido, para produzir um livro muito bem ambientado, com personagens complexos que possuem seus pequenos segredos.
Com um enredo bem interessante, a autora nos faz passear pelo deserto do Iraque em busca de um assassino e, ao final, nos surpreende com a magnífica solução de um caso que somente a mente brilhante de Hercule Poirot poderia solucionar.
Por isso deixo aqui a dica de leitura e a recomendação para apreciem mais essa fantástica obra do gênero suspense, “Morte na Mesopotâmia” é a bola da vez na leitura de romances policiais.
Vale muito a pena curtir essa leitura!