O misterioso caso de Styles – dica de romance policial

Olá, pessoal. Não sei a opinião de vocês, mas eu sou apaixonado por um bom romance policial. Um livro com um clima de mistério e suspense em geral nos oferece uma boa leitura.

Já li os mais variados autores e estou sempre procurando conhecer novos escritores do gênero. E já tive o prazer de ler muitos grandes autores como Arhur Conan Doyle, Raymond Chandler, Dashiell Hammett, Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza e muitos outros.

Claro que leio livros dos mais variados gêneros, mas estou sempre lendo um romance policial. É como se fosse uma leitura obrigatória, no bom sentido.

Agora é hora de dica de leitura. Então vamos, é claro, falar de um livro de mistério, de um bom romance policial, daquela que é considerada uma das grandes “Rainhas do Crime” da história da literatura, Agatha Christie.

Um pouco da autora

Para quem não conhece, Agatha Christie ela nasceu na Inglaterra em 1890, esse tornou uma das mais bem sucedidas escritoras de romances policiais da história da literatura, já tendo vendido mais de 4 bilhões de exemplares em todo o mundo, desde o lançamento de seu primeiro livro, ocorrido em 1920.

Ela é a autora mais traduzida da história, neste quesito só perde para a Bíblia e William Shakespeare. Só por isso podemos perceber sua importância para o gênero policial.

Um de seus livros, “E não sobrou nenhum” já vendeu mais de 100 milhões de exemplares, sendo um dos livros mais vendidos da história. É o romance policial mais vendido em todos os tempos.

Ao todo ela publicou mais de 80 livros ao longo de uma carreira, de mais de meio século. Claro que toda trajetória tem começo, meio e fim, por isso vamos voltar ao início de toda essa história, falando sobre o primeiro livro publicado pela escritora, “O Misterioso Caso de Styles”.

A primeira história

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Em 1917, no período da Primeira Guerra Mundial, Agatha Christie atuava como enfermeira voluntária no Exército da Cruz Vermelha. Nesse período aceitou um desafio proposto por sua irmã Madge, que apostou que ela não conseguiria escrever um livro e publicá-lo. O desafiou proposto por Madge era de que Christie criasse uma história policial na qual o leitor não conseguisse descobrir a identidade do assassino até que a verdade fosse revelada.

Christie topou a aposta, surgia aí “O Misterioso caso de Styles”, que publicado pela editora Bodley Head em 1920, após ser rejeitado por outras seis.

John Lane, dono da Bodley aceitou publicar a obra, mas fez com que Christie fizesse uma alteração na parte final do livro. Ela refez o capítulo em que Poirot faz a revelação de quem era o autor do crime, mudando o local em que essa cena era realizada, saindo de um tribunal e indo para a biblioteca da mansão de Styles.

Na época o livro vendeu cerca de dois mil exemplares. Nessa obra a autora, além de estrear na literatura, apresenta ao mundo aquele que seria o seu mais famoso personagem, o detetive belga Hercule Poirot, que estaria presente em 33 livros de Christie.

Styles

Lançado em 1920, “O Misterioso Caso de Styles” gira em torno do assassinato da senhora Emily Inglethorp, a rica proprietária da mansão Styles, herdada de seu primeiro marido. Após a morte de seu marido, Emily continua vivendo na mansão, com seus enteados Lawrence e John Cavendish, a mulher de John, Mary, a jovem Cynthia Murdoch, filha de uma falecida amiga, a quem Emily passa a sustentar, além de Evelyn Howard, governanta e velha amiga de Emily. |Todos no grupo dependem financeiramente da Sra. Inglethorp.

Emily se casa novamente, com Alfred, um homem bem mais jovem do que ela.  Essa união acaba com a harmonia da família.

A história é narrada pelo Capitão Hastings, que é amigo de John Canvendish e que acaba sendo convidado por esse para passar uma temporada em Styles. Em uma madrugada todos na casa são acordados pelos gritos de Emily Inglethorp, que passa mal e acaba morrendo, aparentemente envenenada.

A família resolve investigar o caso antes que o inquérito oficial aconteça, na tentativa de evitar um escândalo. Hastings é amigo de Hercule Poirot, um conhecido detetive belga, agora aposentado, que vive na Inglaterra desde a eclosão da Primeira Guerra Mundial. A pedido de Hastings, Poirot investiga o caso.

A trama se desenrola e o leitor é apresentado ao detetive belga, que prefere utilizar suas células cinzentas e analisar cada pista e cada nuance do caso, ao invés de sair correndo atrás de suspeitos.

Nesse romance policial também aparece a figura do Inspetor Japp, da Scotland Yard, personagem em vários outros livros da autora.

Christie apresenta, em sua narrativa, as diversas possibilidades, cria uma lista de suspeitos, nesse caso temos pelo menos cinco possibilidades diferentes e o leitor vai seguindo as pistas tentando desvendar o mistério.

Ela coloca no livro dois mapas da casa para facilitar a orientação do leitor. No primeiro ela apresenta a disposição dos quartos, já que Emily Inglethorp é morta em seus aposentos. O outro é do próprio quarto da mulher e mostra a disposição da mobília. Tudo bem detalhado para ajudar o leitor na formação de suas ideias.

O final do livro é muito interessante, quando ocorre uma prisão e o leitor acredita que o crime está solucionado. Mas, eis que surge Poirot, que faz a sua famosa reunião, que seria comum nos livros em que ele participaria, para, diante de sua pequena plateia, revelar quem era o verdadeiro culpado.

Assim chegamos ao desfecho dessa história.

Uma grande estreia

O Misterioso caso de Styles Aghata Christie Escritora Leitura Livro Classico

Agatha Christie efetivamente venceu a aposta com sua irmã. Ela escreveu um livro e, mesmo com a concessão feita ao editor relatada acima, conseguiu publicá-lo. Mais do que isso, apresentou ao mundo uma história muito bem montada, onde as peças se encaixam perfeitamente, levando o público leitor a percorrer o labirinto de pistas atrás do verdadeiro culpado. Essa seria a base de todo o seu trabalho.

De quebra ainda nos apresenta Hercule Poirot, o pequeno e elegante detetive. Um policial que detesta perseguições e correria, priorizando o raciocínio lógico e a dedução como métodos investigativos, um homem obcecado por limpeza e organização, totalmente diferente do padrão dos policiais das histórias tradicionais.

Já em seu livro de estreia a autora mostrou chegava para ficar e que suas histórias ganhariam o mundo e fariam muito sucesso.

Por isso fica a recomendação. Quem gosta de um bom romance policial não pode deixar de ler “O Misterioso Caso de Styles”, é uma grande obra da literatura policial.

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Escritor Carlos Carvalho

Carlos Carvalho

Sou escritor, amante de literatura e apaixonado pelos mistérios criados por Agatha Christie. Escrevo contos, poesias e romances. Sendo o Romance Policial meu gênero literário preferido. Sou formado em Jornalismo e pós-graduado em Assessoria de Imprensa e Comunicação Empresarial.

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