O ser humano como maior fonte de inspiração, é assim que o capixaba Jucimar Leal de Souza organiza suas ideias e trabalha seus poemas e suas músicas. “As pessoas são minha força motriz. Elas são minha inspiração, motivação e me dão coragem para trilhar essa aventura”, explica ele.

Nascido no município de Itapemirim, no Espírito Santo, muito novo trabalhou na propriedade do seus pais como vaqueiro e tratador de animais até aos trinta e três anos de sua vida. Mais tarde ingressou no serviço público, após dois anos retornou o para serviço rural e somente 2002 voltou para o serviço público permanecendo até 2019. Hoje com 59 anos, vive há 19 em Vila Velha, também no Espírito Santo.
Se na vida ele entre o campo e a cidade, na cultura sua história é mais linear. Sua relação com a arte vem desde novo, “aos 16 anos escrevi minha primeira poesia e não parei mais. Sempre amei a arte, contudo, minha grande influência foi uma professora chamada Leila, que dava aula de literatura”.
Essa forte relação com a literatura perdurou. Para ele a literatura é muito poderosa, “ela nos oferece um mundo mágico que me transporta e me inspira”., define.
Com sua experiência de vida ele produz uma poesia forte, falando de diversos temas, de amor e seus dissabores, suas mazelas e apresentando um pouco de sua visão de mundo. Ele busca influência nas coisas simples do cotidiano, “elas nos mostram o quanto complexo é viver em uma sociedade regada de preconceito e de diferentes modos de pensar.”, define.
Essa produção levou à publicação de um livro de poesias, “Favelas da Mente”. Sobre o livro ele conta que levou quase um ano para escrever todas as poesias, algumas já estavam prontas. Foi um ano produtivo para ele, que fez uma seleção dos textos com temas semelhantes e assim surgiu essa obra.
Ele faz questão de ressaltar que não há nada pejorativo no livro em relação às favelas, “existem pessoas boas e ruins em todos os lugares, independente do ambiente em que vivem. Somente senti a necessidade de escrever e mostrar como eu vejo as pessoas e como elas se comportam em um mundo fatigado”.

A produção literária não para e, no momento, Jucimar está trabalhando em um novo projeto literário, o livro “Sophia”. “É um trabalho paradidático, onde trabalho com cores e formas geométricas. “Trabalhar com desenhos, com imagens, é sempre mais complexo e bem mais custoso. Aliás, escrever em países como o Brasil, onde existe mais poetas que leitores é muito difícil”, descreve ele. Jucimar ainda busca o momento ideal para lançar essa obra, complexa, unindo texto e imagem.
Está com um outro projeto também direcionado ao público infantil, bem como selecionando texto para outo livro de poesias, cujo título é BRUMAS, REMANÇOS E TORMENTAS.
Além desses, Jucimar tem outros livros prontos, mas faz questão de ressaltar a dificuldade que é ser escritor em países como o Brasil.
Com imagens ou não, esse fã de Fernando Pessoa, Gregório de Mattos, Castro Alves, Vinícius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade continua trabalhando firme em seus projetos literários. Que venham muitos mais e que o ser humano continue servindo de inspiração.
Para conhecer o trabalho de Jucimar basta dar uma conferida seu perfil no Instagram @leal.jucimar. Vai lá dar uma conferida.”