Conheça a poetisa Luciana Fernandes
Para a paulista de Nova Odessa Luciana Fernandes Fujioka esse é o sentido da literatura em nossa vida e foi assim que ela cresceu, próxima aos livros, desenvolvendo um amor pela leitura e, em especial, pela poesia. “Leio desde muito pequena, meu pai comprou uma caixa de livros desses vendedores de rua, foi o maior tesouro que ele pode nos dar na vida, despertou esse amor pela leitura a mim e a meu irmão e foi no meio desses livros que eu tive o meu primeiro contato com um livro de poemas. A Leitura é voar sem ter asas, para o caminho do conhecimento e da imaginação.”, explica Luciana.
A partir da leitura, a escrita também entrou em sua vida. Ela escreve desde muito jovem, em seus diários e cadernos, mas a poesia surgiu em um momento muito delicado da vida de Luciana, em que ela se viu diante de um grande desafio pessoal, como ela mesmo relata, “a poesia surgiu em um momento muito difícil da minha vida, quando recebi o diagnóstico de disfonia espasmódica, um transtorno que afeta as cordas vocais, prejudica a comunicação e pode, até mesmo, interromper a fala. Foi então que tive que ressignificar tudo em minha vida, e a poesia foi o meio que eu achei de me expressar e de encontrar forças para continuar, a poesia me salvou. E hoje graças a Deus eu falo e escrevo, a minha voz sei que nunca mais será a mesma, mas a minha fé sim!”
Vencendo as imensas dificuldades Luciana seguiu em frente, sempre com a poesia a seu lado. Ela busca inspiração em tudo, na natureza, nas alegrias da vida e mesmo na tristeza. Para ela tudo tem um sentido e pode ser transcrito e nos oferecer preciosos ensinamentos.
Para ela a arte de escrever poesia é pura inspiração, as ideias surgem, as vezes de forma inversa, com ela descreve, “muitas vezes a frase final vem na minha cabeça, e depois redijo o restante do poema, é engraçado, mas geralmente começo pelo final.”, para nós, leitores, tanto faz, o importante é a forma que a poesia ganha quando está finalizada.
E os projetos literários são muitos. Recentemente Luciana participou de uma Antologia “Vozes da Margem”, com um conto sobre uma mulher negra, mãe, que sofre todo o preconceito e as dificuldades de ser uma mulher com filhos, marginalizada e sem acesso nenhum à educação.
Mas essa fã de Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Adélia Prado, Hilda Hilst, Carlos Drummond, Mário Quintana, Jane Austen e Bram Stocker, entre outros, quer mais. Melhor deixar ela mesmo falar, “sim tenho planos, inclusive estou trabalhando nisso, logo mais sai mais uma Antologia na qual participo com 3 poemas, chama-se “Retalhos”, cujo tema principal é pandemia, a quarentena, as dificuldades e as descobertas desse novo tempo.”
Para Luciana a poesia é tudo, sem ela nada teria sentido, como ela deixa claro nesse poema que escreveu:
Meu ar
A poesia brilha nos olhos,
canta aos ouvidos,
acompanhe-me nas noites quietas,
ouço o silêncio e bendigo.
Por ela eu vou,
por ela eu sigo.
Poesia, amor,
coração bate, bate
meu caro amigo.
Nas letras me encontro,
no verso o caminho.
O poema cravado no peito é vida,
o ar que respiro
e se um dia o verso acabar,
a rima se for,
meu grito calou
já não vivo!
Confira um pouco mais o trabalho de Luciana:
“Eu escrevo,
Como se expusesse a minha carne,
Como se despisse a minha pele
Como se rasgasse a minha calma.
E traduzisse em letras trêmulas
A imensidão da minha fala
A verdade não ausente
E o amor que não se cala
A chuva chora em meus olhos
Há um poema sem um nome
Há um nome em minha alma.”
“Na minha vida eu tinha duas opções
Virar pó ou poesia.”
Que maravilha, muito bom para todos que apreciam a poesia. Se você quer saber mais sobre o trabalho da Luciana, é só dar um pulinho no perfil dela, no Instagram, @lucianafernandesfuji. Vale a pena conferir!
