Vocês já conviveram com uma grande sensação de ansiedade, quando algo importante para a sua vida está prestes a acontecer? Quem já passou por essa situação vai entender bem esse meu texto e o que estou vivenciando no momento e quero dividir com vocês.
A razão de toda essa ansiedade? A publicação do meu próximo livro, “Cartas Marcadas”. Olha que não sou “marinheiro de primeira viagem”, esse é o quarto livro que vou lançar. Mas é como se fosse a primeira vez.
O livro está pronto e, como já noticiei nas minhas redes sociais, será lançado pela Editora Labrador. A editora já está com toda a parte de conteúdo e, no momento está sendo elaborado o projeto editorial da obra.
Em breve estaremos discutindo outras etapas, como a escolha da capa, por exemplo. Então será a hora de definir a data do lançamento. Até aí, nada demais, tudo dentro do esperado para o processo de lançamento de um livro.

Nesse caso você poderia estar perguntando por que a minha ansiedade, se tudo está correndo dentro do previsto?
Pode não parecer, mas a resposta é simples. Trata-se da expectativa de ver mais uma obra sua sendo lançada e apreciada pelos(as) leitores(as). Claro que isso é o óbvio, um livro é escrito e lançado para ser lido ou não há sentido na sua publicação. A questão é que as pessoas não imaginam o caminho que foi percorrido, pelo autor, até que o livro fosse parar nas mãos de quem vai fazer a leitura. Cada autor sabe a estrada que teve que pavimentar e os percalços enfrentados até o momento da publicação. Por isso muitos sofrem com a ansiedade até chegar o grande momento.
Falando do meu caso, a gestação de “Cartas Marcadas” se iniciou em 2020, em plena pandemia, quando, em meio a medos e incertezas por conta da Covid-19, escrevi esse livro. Quando terminei essa parte, fui tratar do registro da obra, na Biblioteca Nacional, ainda em 2020. Nesse momento verifiquei que ela não estava aberta ao público, com os funcionários trabalhando em regime de home office, por motivos óbvios, nem precisamos falar disso.
Para realizar esse processo precisei enviar o material pelos Correios e aguardar pela confirmação do registro da obra. Um rito que, em situação normal, levaria um mês para se resolver, nessa condição excepcional levou dois anos.
Quero abrir um parêntese aqui para defender o trabalho dos empregados da Biblioteca Nacional, que em meio a toda aquela adversidade continuaram trabalhando e atendendo ao público, dá melhor maneira possível. Claro que a expectativa do autor é grande e eu ficava apreensivo, aguardando o retorno com a confirmação de que minha obra já estava registrada, mas sempre entendendo as dificuldades que o pessoal da Biblioteca enfrentava. Mesmo diante dos problemas provocados pela pandemia, nenhum dos meus e-mails deixou de ser respondido e as informações prestadas sempre foram precisas.
Finalmente, em outubro do ano passado, recebi a tão sonhada confirmação de que minha obra havia sido registrada e eu podia, finalmente, pensar no seu lançamento.
A partir desse momento iniciei o desenvolvimento de todo o processo para o lançamento do livro. Conversei com várias editoras, buscando a proposta de trabalho que mais me agradasse. Esse processo de busca durou alguns meses, até fevereiro desse ano. Após conversar com várias editoras acabei fechando com a Labrador, que foi a que apresentou a proposta que mais me agradou. Só posso dizer que, até o momento, estou muito satisfeito com a minha escolha.
Com o contrato assinado, avançamos no processo de preparação do livro. Enviei o original para a Labrador, eles fizeram uma revisão impecável. E, agora, estão preparando o projeto editorial. Tudo dentro do cronograma.

Mesmo que tudo esteja correndo bem, dentro do cronograma, a expectativa cresce a cada dia que passa e acho que isso é inevitável. Mesmo já tendo vivido essa experiência antes, a ansiedade vai tomando conta de você. É nessa fase que estou contando os dias para o momento tão aguardado.
Sei que as coisas correm naturalmente e, em pouco tempo, lançarei o livro. Mas, em alguns momentos parece que os dias demoram demais para passar, que nunca vai chegar o dia do lançamento. Talvez esteja vivendo essa expectativa por ter apostado muito no lançamento desse livro. Para lançar “Cartas Marcadas” eu usei a experiência vivida nos lançamentos anteriores e tomar todos os cuidados para que esse possa ser o grande momento da minha carreira como escritor.
Considero esse lançamento um divisor de águas em minha carreira literária. Foi um desafio que eu me impus, fazê-lo da forma mais profissional possível. Por que isso? Para que meu livro possa chegar ao maior número possível de leitores.
Acho que essa carga que coloquei nesse lançamento é que está gerando toda essa ansiedade em mim.
Mas a vida é feita de desafios e estamos aqui parar encarar e vencer cada um deles, pelo menos devemos tentar, com muita dedicação, vencer os obstáculos. Eu estou vivendo um desses momentos como escritor, o maior deles até hoje. Mas tenho certeza de que o trabalho que fiz é bom e que os(as) leitores(as) que tiverem a oportunidade de ler o livro vão concordar comigo.

Diante desse quadro, não tenho opção a não ser conviver com essa ansiedade até que o livro seja publicado, vendido, lido e que eu receba o retorno dos leitores. Encaro isso como um processo natural, mas que gera ansiedade.
Mas, vamos em frente, prontos para vencer esse desafio e continuar oferecendo ao leitor histórias interessantes.
Aproveito para agradecer todos aqueles que estão participando de alguma forma dessa construção, me ajudando nessa caminhada rumo a realização de publicação de mais uma obra.
Agora, que dividi minha ansiedade e expectativas com vocês, me contém se já passaram por uma situação semelhante. Vocês já vivenciaram esse tipo de ansiedade?
Contem para mim, como vocês se sentiriam se estivesse no meu lugar?
Quero ouvir a opinião de vocês. Escreva aqui seu comentário.