A Noite das Bruxas e a adaptação cinematográfica do romance policial de Agatha Christie

Hora de mais uma dica de leitura, quero falar de um romance policial. Vamos agora conversar sobre um livro escrito por Agatha Christie, “A Noite das Bruxas”. Esse não é um dos mais badalados livros da autora, mas ganhou grande projeção esse ano com a versão cinematográfica feita por Kenneth Branagh. Publicado em 1969 esse foi um dos últimos livros lançados por ela, que viria a falecer em 1976.

Esse é mais um dos livros de Agatha Christie com a presença de seu mais famoso personagem, o detetive belga Hercule Poirot. Então, vamos falar do livro, já que é uma ótima dica de leitura, e, também, um pouco do filme.

 O livro

A história criada por Christie tem como protagonista, além de Poirot, outra personagem famosa da autora, Ariadne Oliver, uma escritora de histórias policiais que aparece em oito livros escritos por Christie. Ela é uma velha amiga de Hercule Poirot e participa das investigações do detetive belga, auxiliando na caça ao criminoso.

Tela de Cinema A noite das Bruxas Agatha Christie Poirot Kenneth Branagh

Nessa história Ariadne está hospedada na casa de uma amiga, que conheceu em uma viagem, no vilarejo de Woodleigh Common e tem a oportunidade de participar de uma festa de Halloween. Durante os preparativos para a festa, uma jovem menina, Joyce, afirma, diante de várias pessoas, ter presenciado um assassinato quando era bem menor. Ela diz que, na época, não havia entendido o que acontecera, mas que agora se dera conta do que havia visto. Essa afirmação causa um reboliço entre os presentes, já que aqueles que conhecem Joyce a consideram uma mentirosa contumaz e não acreditam na menina e chegam a debocham de sua afirmação.

Mais tarde, durante a festa, Joyce é morta e Ariadne Oliver fica com a sensação de que seu assassinato está relacionado diretamente com a declaração dada pela jovem antes da festa. Com essa desconfiança na cabeça, ela convence seu amigo Hercule Poirot a investigar o caso e o belga parte para Woodleigh Common para buscar o assassino.

Poirot se vê envolvido num emaranhado de situações que só fazem confundir seus pensamentos e desafiar suas “células cinzentas”. Ele se depara com algumas mortes do passado e o desaparecimento de uma jovem acompanhante de uma rica senhora que podem guardar relação com o assassinato de Joyce. Tudo se transforma num grande desafio para o detetive até que Poirot use toda sua sagacidade e esclareça o caso.

Como é de costume nos livros de Christie, ela nos leva a caminhar por várias possibilidades até nos apresentar um desfecho surpreendente e interessante.

O filme

No caso do filme, protagonizado e dirigido por Kenneth Branagh, a trama guarda muito pouca semelhança com o livro. Na verdade, as únicas semelhanças são a presença de um aposentado Hercule Poirot e da escritora Ariadne Oliver.

Na versão cinematográfica de Branagh, Poirot está vivendo sua aposentadoria em Veneza, na Itália, após a Segunda Guerra Mundial, quando é convencido por Ariadne Oliver a acompanhá-la a uma sessão espírita em um decadente palácio, com fama de mal-assombrado.

Tanto Poirot como Ariadne acreditam que vão desmascarar a médium durante uma sessão em que uma mãe tenta falar com a filha morta. Mas, durante a reunião uma pessoa é assassinada e Poirot precisa descobrir o culpado. A narrativa tem seus momentos eletrizantes, que valem o ingresso.

Essa é a terceira adaptação da obra de Agatha Christie feita por Kenneth Branagh que anteriormente já havia refilmado os clássicos “Assassinato no Expresso do Oriente” e “Morte no Nilo”. Em todos eles Branagh interpreta Hercule Poirot.

Os dois valem a pena

Sem dúvida as histórias não guardam semelhança, a não ser pela presença dos dois personagens centrais, Poirot e Ariadne, mas a versão de Branagh é uma tentativa ousada de recriar uma das histórias da “Rainha do Crime” com uma outra roupagem.

Com certeza muitos fãs de Agatha Christie vão torcer o nariz para essa adaptação e têm suas razões, pois a história foi totalmente modificada, fugindo completamente do enredo original da genial autora. Mas, também podemos encarar essa mudança como uma tentativa de Branagh de trazer uma versão de Agatha Christie com uma roupagem do século XXI.

O importante, nessa discussão, é que o filme está nos cinemas e pode ser visto por todos, assim como o livro está disponível para ser lido, preservando a história dessa fantástica escritora que foi Agatha Christie.

Por isso a dica de hoje é dupla, leia o livro, assista ao filme e tire suas conclusões sobre cada um deles, pois vale muito a pena.

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Escritor Carlos Carvalho

Carlos Carvalho

Sou escritor, amante de literatura e apaixonado pelos mistérios criados por Agatha Christie. Escrevo contos, poesias e romances. Sendo o Romance Policial meu gênero literário preferido. Sou formado em Jornalismo e pós-graduado em Assessoria de Imprensa e Comunicação Empresarial.

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